quinta-feira, 5 de maio de 2016

As vantagens de ser Invisível

~Ana Carolina~

Olá pessoal, hoje eu vou contar a minha ligação com "As vantagens de ser invisível".

Essa história começa a alguns anos atrás, quando eu ainda era uma adolescente e costumava ler revistas como a Capricho. Foi em uma dessas revistas que eu vi, na seção de "Dicas", que o livro do Stephen Chbosky ia ser lançado pela Editora Rocco aqui no Brasil. Naquela época, eu com 14 anos, já tinha lido alguns livros. A maioria tinha sido por recomendação da escola e alguns outros que eu tinha pegado emprestado com amigos e parentes. As vantagens de ser invisível foi o primeiro livro que eu quis mesmo comprar, em parte pelo fato de ser lançamento e ninguém ter para me emprestar e em parte porque eu estava muito intrigada sobre a história e achei a capa linda demais.
Eu não tinha o costume de ir em livrarias quando era adolescente (algo que acabou virando meu vício). Coincidentemente, o lançamento do livro seria alguns dias antes da Bienal do Livro do Rio de Janeiro e eu iria para lá em uma excursão do colégio (foi a minha primeira Bienal, em 2007 *_*). Então, esta seria a oportunidade perfeita para que eu conseguisse comprar o meu livro.
No dia da excursão, eu estava muito animada e ansiosa. O RioCentro, local onde acontecem as Bienais do Livro aqui do Rio de Janeiro, é um local enorme. São três pavilhões com vários estandes com milhares de livros em cada um. Um mundo especialmente elaborado para os amantes de livros. Se você nunca foi a uma Bienal (seja no RJ ou nos outros estados), sugiro que você faça isso quando tiver oportunidade. É uma experiência maravilhosa. Quem sabe um dia eu não crie um post com as minhas histórias de Bienal.
Não sei como está ultimamente, já que não vou mais com a escola, mas antigamente a gente ganhava um "dinheirinho de mentira" que valia R$ 10,00 e podíamos gastar em livros lá na Bienal. Alguns estandes também ofereciam descontos para professores. Eu, como boa taurina que sou, assim que encontrei o estande da Rocco e avistei o meu livro lindo (aquela edição clássica, verde e branco com a "sombra transparente"), fui atrás de algum professor para que pudesse passar o livro no caixa para mim.
Encontrei uma moça que era professora e estava lá com a filha dela. Contei para ela sobre o minha história e perguntei se ela podia passar o meu livro no caixa, já que ela tinha desconto. Ela falou que faria isso com muito prazer porque era muito bom ver jovens se interessando por leitura e que ficaria feliz em poder me ajudar. E foi assim que eu consegui comprar o meu livro.
Assim que eu cheguei em casa, contei para a minha família como tinha sido o meu dia, como era tudo lá na Bienal e como eu tinha conseguido comprar o meu livro. Foi um dia bem cansativo, depois de ter desbravado o RioCentro. Mas eu queria muito começar a ler o meu livro, então eu peguei ele e fui para o meu quarto. Assim foi a primeira vez que a minha mãe usou a frase "Lá vai Carol, se trancar no mundinho particular dela" (algo que se tornou cada vez mais corriqueiro com o passar do tempo).
O que começou com alguns capítulos foi se tornando em uma noite em claro lendo o livro. Mergulhei de cabeça no mundo do Charlie e não podia dormir sem saber o que iria acontecer com ele e todos os outros. Então eu fui lendo e lendo até que eu percebi que já estava de manhã e que o livro tinha acabado.
Assim que eu li as últimas palavras, foi como se eu tivesse dado adeus para um querido amigo - daqueles que você acabou de conhecer mas sente que se conhecem de "vidas passadas".
"Então, se esta for a minha última carta, por favor, acredite que está tudo bem comigo, e mesmo quando não estiver, ficará bem logo depois."
Um livro que eu carrego no coração (além de estar em seu devido lugar aqui em casa, junto a tantos outros) e que, na minha humilde opinião, deveria ser lido por todos os adolescentes. Emocionante, cativante e bem escrito - um livro ímpar, que faz você olhar de um jeito diferente para as coisas simples e complicadas da vida.

Meu lindinho *___*

Alguns anos se passaram e o meu amigo foi ficando mais famoso. Tão famoso que resolveram fazer um filme sobre ele. Com o Percy Jackson e a Hermione (Logan Lerman  e Emma Watson) como protagonistas e uma trilha sonora para não colocar defeito (Heroes e Asleep, só para citar algumas músicas), não tinha como ser um filme ruim.
O roteiro não seguiu a risca o livro, como acontece com a maioria dos livros que viram filme hoje em dia, mas as mudanças feitas foram poucas ou para melhorar a interação entre os personagens. E a trilha sonora (acho que já deu para perceber que música também é uma outra paixão minha) só acrescenta na trama, muito bem escolhida. 

Segredinho: estou ouvindo a trilha sonora do filme enquanto escrevo esse texto, inspiração é sempre bem vinda.

Bom, vou deixar vocês com um vídeo que mostra duas coisas favoritas minhas sobre o filme: a última carta do Charlie (que é diferente pelo menos da minha edição do livro, mas dá mais "emoção" ao final do filme) e Heroes (música do lendário David Bowie, vamos deixar como homenagem póstuma), que toca nos créditos do filme.


terça-feira, 3 de maio de 2016

AmorariResenha - Os Karas

~Alvaro~

Bom, a quantidade de posts que necessitam de preparação e pesquisa séria aumentaram numa média de 100% - antes era só 01, agora são 02 kkkkkkk - então, pela grande quantidade de pesquisa necessária para esses posts e pelo tempo disponível que, embora este colunista esteja em período de férias, tem a sensação horrível de que os dias estão passando muito rápido, então, vem uma AmorariResenha por aí. Daquelas que revelam a minha idade e daquelas bem nostálgicas.

Hoje a minha resenha será sobre "Pedro Bandeira", mais especificamente, sobre "Os Karas".

Primeiramente, quem são os "Karas"? 

Nas palavras do próprio autor, os "Karas" são o avesso dos caretas. Num depoimento no final de seus livros, há o seguinte relato que eu quero transcrever:

"(...) Muitas pessoas me perguntam, por que os Karas são jovens sem problemas financeiros ou sociais, por que são tão perfeitos. A minha resposta é sempre esta: porque eles são o meu sonho. É assim que eu sonho que todos os jovens deveriam ser, em todo o mundo."

Nas minhas palavras, os Karas são um grupo de adolescentes que se metem em tremendas confusões, na Sessão da tarde possuem habilidades que os tornam especiais no seu meio e, originalmente, procuram lutar a favor do direito dos alunos, mas, com os problemas em que são envolvidos, acabam sendo um grupo quase policial. Basicamente, seria como se os Karas fossem Sherlock Holmes atuando aqui no Brasil.

A obra do Pedro Bandeira teve seu início em 1984, chegando as mãos desse que vos fala lá pela década de 90. E, embora uma leitura curta, para uma criança de mais ou menos 8 anos de idade, ler 135 pgs em dois dias era uma tarefa digna de louvor - já que os livros da escola naquela época eram lidos em mais ou menos 2 meses. 


Edição mais antiga que guaraná de rolha
E era difícil de não se encantar pela história dos cinco estudantes do colégio Elite. Os Karas eram o sonho de qualquer criança, na época, por causa do que eles faziam e também dos códigos secretos. E esses serão os tópicos do texto.

OS LIVROS E UMA BREVE RESENHA: 

Foram lançados seis livros dos Karas, num espaço de 30 anos. Tentando organizar em ordem cronológica, segue a lista abaixo:

"A Droga da Obediência" - a primeira missão oficial do grupo dos Karas, Vários estudantes estão desaparecendo das escolas mais ricas de São Paulo. Não existe pedido de resgate, nem contato telefônico, nem nada. As vítimas, geralmente, possuem um porte atlético. Quando o geniozinho dos Karas envia o sinal de emergência máxima e os Karas são reunidos para investigar o caso, não se dão conta de que a ameaça já ronda o colégio e eles estão enfrentando o seu pior inimigo;

"Pântano de Sangue" - O professor Elias é assassinado no Pantanal e Crânio, um dos Karas, torna a investigação do assassinato do professor, uma questão de honra. Através do álbum de fotografia da viagem, decide seguir os traços do seu professor. Entretanto, ao chegar no Pantanal, é sequestrado e acaba indo parar nas mãos de traficantes de peles daquela área;

"Anjo da Morte" - O professor de teatro Salomon Friedmann vai apresentar a aclamada peça "O Rei Lear". Calú e Magrí (mais dois Karas) vão a peça. Quando ela começa, ouve-se um grito estridente das cortinas e o personagem principal "Eu sou rei. Eu sou REI. EU SOU REI" é assassinado. Calú decide, juntamente com os Karas, investigar a morte desse ente querido, entrando no passado de seu professor e vivenciando parte dos horrores da Segunda Guerra;

"A droga do amor" - 

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Amorariresenha - Amor Amargo

~Tamires ~                                                                                                 

                                               Amor Amargo - Jennifer Brown



Último ano do colégio que é esperando por todos finalmente chega e a formatura se aproxima, assim a promessa que Alex fez com os seus dois melhores amigos, Bethany e Zach, que prometeram se dar de presente de formatura uma viagem para o colorado, local para onde a mãe de Alex estava indo quando morreu em um acidente de carro.O Dia da Viagem se torna cada vez mais próximo, e tudo corre conforme o planejado. Até que entra um garoto novo na escola Encantador, divertido, sensível, um astro dos esportes. Alex parece não acreditar que o garoto está ali, querendo se aproximar dela. Quando os dois iniciam um relacionamento, tudo parece caminhar às mil maravilhas, até que ela começa a conhecê-lo de verdade…

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Precisamos falar sobre... - SAO e a virtualização das experiências.

Bom, eu ainda estou preparando o que seria a minha primeira idéia referente a esse tipo de texto, da coluna “Precisamos falar sobre...”, mas enquanto aquele texto ainda não vem – e pelo jeito, vai demorar pra vir, tamanha quantidade de material que ele tem para ser estudado – pensei num assunto relativamente atual, que era discutido (ou apresentado) pelo meu professor na faculdade de administração e está cada vez mais presente em nossas vidas que é a intangibilidade.  

Primeiro, o que é intangibilidade? Pra resumir, é aquele bem/serviço que você não define o valor dele por objetos físicos. Basicamente, experiências. Aquela viagem, aquele show, o pagamento via internet, ou até cartão de crédito, embora tenham “objetos físicos”, como o ingresso ou voucher, mas a experiência ou a facilidade e comodidade daquele serviço possui seu valor na experiência. Tornando mais fácil, pagar um ingresso para ver sua banda preferida, você não está pagando pelo ingresso, mas pela experiência que aquelas pessoas no palco irão te proporcionar. 

Quer dizer, seja no âmbito de produtos e serviços, ou do entretenimento, cada vez mais, pessoas consomem esse tipo “novo mercado” fazendo com que cada vez menos, as pessoas saem do conforto e da “segurança do lar” para realizarem atividades no dia-a-dia. 

Vamos fazer um exercício de salto temporal e imaginação, tentando visualizar o futuro de um modo micro, englobando apenas os leitores – e aí, de qualquer tipo de literatura, incluindo “50 tons de cinza”: 

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Sessão Nostalgia - Internet


~Ana Carolina~


Temos novidade no blog!!! Antes de contar o que é (acho que pelo título meio que já dá pra saber o que é, mas finjam que não sabem de nada) eu vou contar como essa ideia surgiu.


Estava uma noite dessas conversando com o Álvaro sobre amizades antigas e esses tipos de coisas e de como era a vida no começo da internet... Eis que eu tenho uma ideia para o meu post: falar um pouco sobre como era na época da internet discada. Fui amadurecendo essa ideia na minha cabeça e percebi que seria legal, de vez em quando, trazermos algo que era sucesso antigamente e que ou não existe mais ou foi meio que deixado de lado. Assim surgiu a "Sessão Nostalgia".

Sem mais delongas, vamos ao nosso assunto de estréia e que deu origem a ideia do quadro: a internet. Se você já passou dos 16 anos, com certeza você deve ter usado a internet discada. Com aquele famoso barulhinho de ligação (vídeo abaixo para gente matar a saudade) que era o nosso tormento e a nossa alegria ao mesmo tempo, a internet discada foi a porta de acesso de muita gente ao mundo cibernético.


sexta-feira, 15 de abril de 2016

AmorariResenha - Trilogia Millenium

Alvaro ~  

Essa resenha contém spoilers. Mas, nos meus posts, a política de spoilers é como a política de House of Cards, inclusive com o pronunciamento do Doug - pra quem não viu, veja aqui -, então, digamos que terá spoilers da trilogia – ignorei o quarto livro por ter uma escrita diferente e não ter a mesma premissa dos seus anteriores, e ter sido escrito por uma outra pessoa (David Lagercrantz) – mas é aquele spoiler que aguça a curiosidade. Dito isso e deixando você, leitor, avisado, hora de conhecer um pouco a Suécia. 

A trilogia conta a história de dois personagens: Mikael Blomkvist, que é um sócio da revista (Millenium) repórter, nas horas vagas. A revista é especializada em crimes financeiros (motivo pelo qual o personagem principal é conhecido como Super-Blomkvist) e a melhor personagem feminina da literatura atual, Lisbeth Salander, que, a primeira vista, parece meio maluca, mas possui um dom relacionado a tecnologia, uma das maiores hackers do mundo, além de uma memória eidética invejável. Por enquanto é só. Quero dedicar um tópico especial pra Lisbeth (e porque eu gosto tanto dela). Provavelmente entre o primeiro e segundo livro. Então, parafraseando um dos maiores serial-killer da história: vamos por partes (e bem devagar, eu diria). 


quinta-feira, 14 de abril de 2016

Amorarindica - Purpose

 ~Ana Carolina~

Olá pessoas, estava eu aqui pensando em um tema para escrever e na dúvida se falaria sobre música, livros ou alguma outra coisa. Pensei nos últimos livros que eu li, nos últimos lançamentos de música, nos últimos shows que eu fui (esses terão sua chance numa outra ocasião) e eis que surge "Sorry" do Justin Bieber na minha cabeça... Sendo assim, tive a ideia de escrever sobre as novas músicas dele.
Sim, ele como pessoa é altamente questionável e não simpatizo nem um pouco com a pessoa Justin Bieber. Mas ele como cantor... Uau!!! Se tivessem me contado que o garotinho que cantava "Baby, baby, baby.." iria lançar um sucesso como "It's too late now to say sorry?" eu não iria acreditar nem um pouco. 
Como artista, o Justin cresceu muito nesses últimos anos e o álbum novo dele é muito bom. É verdade que meus artistas favoritos me conquistam pelo combo vida pessoal + carreira artística, mas não deixo de curtir o som só porque não gosto de como a pessoa se comporta.
Bom, chega de enrolação e vamos ao que interessa... Música!!!! Purpose chegou colocando o pé na porta e fazendo não só as beliebers pararem para escutar o que o Justin Bieber estava querendo dizer com as suas músicas. Vamos ao meu top 3 de Purpose.