sexta-feira, 11 de março de 2016

Amorariresenha - Desafiando Gigantes - Desistir não é uma opção

~Alvaro ~

Esse post é dedicado a uma "cunhada", que, eu ouço a voz dela cantando Angels ou Máscara. Sinto sua falta, mas a sua alegria está sempre comigo.

Ouvindo, há certo tempo, um podcast sobre cinema, o RapaduraCast (portal destinado a cinema, que possui um podcast sobre o assunto), uma das colunas, fazia essa pergunta para os ouvintes e leitores assíduos do blog.

Então, parei pra pensar em quais filmes tinham mexido comigo - isso é, quais aqueles filmes que me deram vontade de vibrar no cinema ou no local onde estivesse assistindo (cinema, tablet, celular), como Vingadores 1; quais aqueles filmes que fizeram com que, após o mesmo acabasse, me fizessem pensar na vida, na profundidade dela, temos os excelentes "Amour" e "Les Intouchables", como exemplo dessa categoria; quais aqueles filmes que emocionaram o expectador, seja pela trama envolvente, ou pela história que fizesse possível com que o mesmo se colocasse no lugar do personagem principal e vivesse os dilemas descritos naquela película - 12 anos de escravidão (talvez eu fale desse filme aqui, qualquer dia desses) 

Desistir não é uma opção.


Considerando esses filtros e, ainda acrescentando o momento da minha vida, quando eu conheci essa película (faz mais ou menos 5 anos que assisti pela primeira vez na HBO  - ou "Agá-Bê-Ó", como diria Caetano) eu respondi no site e respondo a pergunta lá no título, falando a respeito de "Desafiando Gigantes" (2006). 

Pensei em falar desse filme na indicação de filmes do blog em conjunto, mas, assim como Xógum, ele é especial pra mim. Não que tenha sido um sucesso estrondoso - tipo blockbuster - de bilheteria (o filme custou cerca de U$D 10 mil dólares e arrecadou cerca de U$D 8.9 milhões), ou que tenha arrastado multidões para o cinema, de fato, eu não me lembro se ele passou em algum cinema aqui no Brasil, em sua época. Mas, mesmo assim quem teve a oportunidade de assistir esse filme, conseguiu identificar o como é um filme poderoso, que tem uma mensagem forte e que pode transformar vidas - realmente sendo o que o cinema deve ser.  Por isso, acredito que falar desse filme em separado, seja tão obrigação quanto falar do livro da minha vida.



Antes de começar a falar sobre um dos filmes da minha vida, quero definir algumas coisas relacionadas a esse post, que acredito serem bem válidas e, de certa maneira, para explicar para os leigos no assunto:
  • O filme tem, em sua essência, um assunto religioso, mas, esse post, tentará - e pretendo conseguir - fazer com que a religião não seja o principal foco, já que a religião é de cada um (e até pretendo ser um pouco sarcástico a respeito da religião no filme);
  • Esse post fala exclusivamente de filmes. Se for para tratar apenas dos aspectos financeiros (receita - custo), pra mim, já seria uma ótima indicação, afinal, quando um filme rende quase 100x mais do que ele custa, é algo louvável;
Dito isso, bora falar sobre essa pérola cinematográfica que entrou na minha vida de modo lento e que, até hoje me inspira, tanto na minha vida, como nos desafios que eu enfrento no meu dia-a-dia.

Sobre Desafiando Gigantes:

Primeiro filme dos irmãos Kendrick (Alex e Stephen), que contaram com um orçamento mínimo, inclusive, com o próprio Alex Kendrick sendo o personagem principal do filme, além do elenco todo fazer parte da Igreja Batista do distrito de Albany na Geórgia, procuraram transmitir, através da paixão norte-americana, (futebol americano), uma mensagem poderosa, que pudesse guiar os jovens e os adultos de todas as idades (tá lá nos extras do filme).

O filme conta a história do treinador Grant Taylor (Alex Kendrick), que treina o time de futebol americano na escola Shiloh Christian High School, acontece que o time de futebol é muito ruim e o treinador não consegue obter vitórias e sucessos. Além disso, não consegue ter um filho com sua esposa, mesmo tentando há quatro anos e passa por dificuldades nas esferas da sua vida - profissional e pessoal.

Ao ter uma notícia ruim - sem spoilers - ele acaba percebendo que não pode lutar contra todas as coisas que o afligem, sozinho, e resolve apelar para Deus, que, de certa maneira, inspira, primeiramente o treinador, depois todos a sua volta, para que eles vençam os gigantes que os amedrontam. 

Esse roteiro é típico de um sermão chato de igreja, ou da, mundialmente famosa história de Davi e Golias - representação mais atual dessa história: aqui -, mas é capaz de mexer com o íntimo e o âmago de cada um, inclusive, jogando na cara de alguns diretores que um roteiro não precisa ser complexo, intrincado e que tenha vários plot twists e reviravoltas para ser uma coisa boa (abraço, Donnie Darko).

São mais ou menos 111 minutos de emoção, com frases memoráveis, vídeos que são motivacionais até hoje, dez anos depois do lançamento do filme (mais ou menos no minuto 45'40'' até o minuto 51'), ou a partida final do título estadual dos juniores da Georgia. Estou pensando se posto o vídeo, mas ele é facilmente encontrado no youtube, inclusive, o filme inteiro - dublado ou no idioma original, é encontrado no site. Então, não tem desculpa para não ganhar 111 minutos da sua vida, contemplando um achado cinematográfico


Minha experiência com Desafiando Gigantes e por que ele é o filme da minha vida

Acho que está sendo uma característica das minhas resenhas individuais, sempre possui um lado pessoal, afinal, como indicar uma coisa (filme/livro/quadrinhos/revista) se não tiver, literalmente a opinião pessoal?

Bom, Desafiando Gigantes entrou na minha vida, há mais ou menos 08 anos atrás, lá pelas 2 da manhã, com uma crise de insônia e assistindo a HBO, essa maravilha já estava na metade e, por algum motivo, eu me interessei. Algumas coisas mexeram muito comigo, como o discurso sobre "como sentir saudade de alguém que ainda nem existe?", o trecho motivacional que eu citei lá em cima, a virada da sorte do treinador Taylor e, quando o filme acabou, as 4 da manhã, não conseguia fazer outra coisa senão me emocionar. Acho que, particularmente, só me emocionei assim com "12 anos de escravidão" e por motivos diferentes. 

Além da trilha sonora, que me apresentou uma banda chamada "Casting Crowns", que dizia "Mas os gigantes me chamam pelo nome e riem de mim. Me lembrando de todas vezes que tentei e fracassei. Os gigantes ficam dizendo de novo e de novo: 'garoto, você nunca vai vencer'. Mas a voz da verdade me diz que existe uma história diferente, que não devo ter medo". e que, com essas palavras, eles ganharam um fã em terras tupiniquins. 

Esse filme é feito para mexer com as emoções, de quem não consegue mais, de quem tem vontade de desistir por ter tentado de tudo, por quem, em qualquer aspecto da vida, tenha desistido.

Ele também entrou na minha vida quando eu perdi alguém, de certa maneira, vítima da bipolaridade, uma pessoa maravilhosa mas, de certa maneira, foi vítima de si mesma. A vida, às vezes nos proporciona esse tipo de coisa, a oportunidade de que, com uma coisa simples, você possa desafogar todos os sentimentos ruins que nosso corpo acumula durante os dias. Pra mim, Desafiando Gigantes é como uma lavagem de espírito que me renova a cada vez que eu vejo - e já vi algumas vezes desde a primeira vez (com DVD e Blu-ray). E, por fim, é um dos grandes responsáveis por um dos lemas da minha vida, adaptado: "Desistir não é uma opção".

E vocês? Tem algum filme que trouxe esse tipo de emoção pra sua vida? Lembrando que essa pergunta deve ser respondida com uma reflexão intensa, já que vários filmes foram feitos e mexem com a gente. 

2 comentários:

  1. Desafiando Gigantes é um filme realmente maravilhoso! Já assisti umas mil vezes e não me canso. Um filme que marcou a minha vida? Acho que atualmente estou encantada pelo filme Quarto de Guerra. É um filme evangélico e, talvez por isso, muitas pessoas não curtam, mas eu simplesmente trouxe ele pra vida. Para falar a verdade não acreditava que pudesse dar certo, mas deu! Esse filme mudou minha cabeça, meu modo de ver as coisas e quero sempre poder colocar em prática o que ele me ensinou.

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  2. Que bom que gostou Priscilla.

    Esse Quarto de Guerra também é muito bom. Queria ter visto no cinema, mas não pude ir (shame on me).
    Acredito que essa safra de filmes evangélicos - eu conheço uns quatro bons: Fireproof (prova de fogo), Corajosos, A última virada e eu ia recomendar o Quarto de Guerra kkk - com produções hollywoodianas podem se tornar um dos combustíveis para o cinema, já que são filmes que, em sua essência, são poderosos. Não só pelo aspecto bíblico, mas pelo aspecto de vida, de melhora de vida, que, além da mensagem positiva, não ficam tão atrás dos filmes e diretores consagrados que vemos por aí.

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